5 dicas para deixar a lancheira mais saudável

Muitas vezes, alimentos processados, como biscoitos, salgadinhos e sucos artificiais, são colocados na lancheira das crianças para facilitar a rotina corrida dos pais e agradar ao paladar dos pequenos. No entanto, de acordo com Patrícia Ruffo, nutricionista e gerente científico da Divisão Nutricional da Abbott, essas comidas são pobres em nutrientes ou contêm excesso de gordura saturada.

Dessa maneira, a ingestão regular desses produtos pode prejudicar a saúde e o desenvolvimento das crianças, resultando em desafios no desenvolvimento físico e cognitivo, menos energia, maior propensão a doenças, dificuldade para prestar atenção nas aulas, entre outros problemas. Conforme o Ministério da Saúde, 10% das crianças brasileiras entre 5 e 10 anos estão acima do peso.

Neste contexto, o órgão do Poder Executivo Federal criou um guia alimentar para crianças menores de 2 anos, destacando a importância de formar hábitos alimentares saudáveis desde cedo. Isso porque, quando consomem alimentos saudáveis, elas têm mais chances de se tornarem adultos conscientes e capazes de fazer boas escolhas alimentares.

Importância de um cardápio variado

Variar no cardápio não é tarefa fácil, mas, segundo Patrícia, é fundamental para uma alimentação mais equilibrada. “O ideal é acrescentar na lancheira um alimento de cada grupo, como proteína, fruta e carboidrato, para garantir uma alimentação mais saudável e, consequentemente, auxiliar no crescimento e no desenvolvimento da criança”, explica.

Planejar as opções de lanches da semana também pode ajudar os pais a não cometerem excessos e trazerem mais praticidade à rotina. Além disso, envolver a criança nas escolhas dos itens que vão compor a lancheira é fundamental para melhor aceitação dos alimentos.

“Escolha opções de conhecimento da criança. A lancheira da escola deve ser uma extensão da alimentação feita em casa. Não adianta colocar um alimento que a criança não costuma ingerir em casa, pois as chances de voltar na lancheira são grandes”, aponta Patrícia.

Suplementação oral infantil

O uso de um suplemento oral infantil também pode ajudar, por exemplo, no caso de uma criança que costuma rejeitar certos tipos ou grupos de alimentos e/ou que esteja com altura e/ou peso abaixo da média para aquela idade.

Porém, nem todas necessitam fazer uso de uma suplementação. Por isso, é fundamental o acompanhamento com um pediatra ou nutricionista para que, a partir do relato dos pais e de exames, possa investigar se a criança tem, de fato, uma dificuldade alimentar e, se necessário, indicar o uso de suplemento ou determinar um plano de ação para que ela retome ao objetivo de um crescimento saudável.

Uma lancheira saudável é essencial para uma boa alimentação na escola Imagem: Pixel-Shot | Shutterstock

Montando uma lancheira saudável

Abaixo, confira seis dicas para montar uma lancheira saudável e bem nutritiva para o seu filho!

1. Alimentos essenciais

No lanche da escola não pode faltar: um líquido, uma fruta, um tipo de carboidrato e um tipo de proteína.

2. Bebidas saudáveis

Para beber, opte pelos chás, água de coco ou sucos naturais (que podem ser colocados em recipientes térmicos para não perder os nutrientes com o passar das horas). Todavia, a água sempre é uma excelente opção. As lancheiras térmicas também são ótimas opções para o melhor acondicionamento da comida.

3. Frutas fáceis de comer

Deixe as frutas cortadas e descascadas. A aparência é um fator determinante para a criança ingerir determinado alimento.

4. Pães variados

Os pães podem e devem entrar na lancheira escolar, mas o ideal é variar o tipo para a criança não enjoar: pão francês, de forma ou de milho são algumas opções. É preciso estar atento ao recheio de cada pãozinho e os patês caseiros são opções saudáveis e nutritivas.

5. Petiscos saudáveis

Frutas desidratadas, mix de castanhas e cereais sem açúcar são opções nutritivas e saborosas. O ideal é colocar em um pote fechado ou, até mesmo, em um saquinho.

“Comer saudável é apenas parte de uma vida saudável, sendo importante também incentivar as crianças a serem ativas, praticarem exercícios físicos regularmente e dedicarem um tempo às atividades ao ar livre”, conclui a nutricionista.

Por Bruno Escudero