‘Foi traumático’, diz capitão que resgatou 15 pessoas após naufrágio de iate na Itália

O capitão Karst Börner, cujo barco estava ancorado na cidade siciliana de Porticello na segunda-feira (21), quando um iate de luxo britânico com 22 pessoas a bordo virou, disse nesta quarta-feira (21) que “fez o que tinha que fazer” quando resgatou 15 pessoas, incluindo um bebê de um ano de idade, embora tenha admitido que o resgate “foi traumático”. Börner, da província holandesa de Friesland, prestou primeiros socorros a várias pessoas gravemente feridas e a um bebê, que ele resgatou e levou em segurança para terra firme depois que o iate em que estavam afundou em uma tempestade com fortes rajadas de vento. “Em um momento como esse, você não pensa, apenas faz o que tem que fazer”, contou à emissora regional holandesa “Omrop Fryslán”, à qual admitiu que o resgate “foi traumático”.

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“A previsão do tempo incluía tempestades e isso pode ser estranho no Mediterrâneo”, explicou Börner, que acordou na segunda-feira de manhã, junto com sua tripulação, “um pouco preparado” para a previsão do tempo. Em determinado momento, surgiu uma tromba d’água, um tipo de tornado que não é muito forte e é mais úmido, mas “era forte e intenso”, lembrou. “Tivemos dificuldade em manter o barco no lugar com o motor e a âncora. O iate estava atrás de nós. De vez em quando, olhávamos para ver onde ele estava. De repente, ele desapareceu”, explicou.

Imediatamente depois, ele verificou o radar e não viu nenhum sinal do iate, depois avistou um sinalizador vermelho, então ele e seus companheiros entraram no bote e foram para o local do incidente. “Encontramos um bote salva-vidas com 15 pessoas, quatro gravemente feridas e um bebê”, relatou. Ele levou todas as pessoas para o seu barco e os secou, enquanto seus companheiros ligavam para a guarda costeira para reportar o incidente.
No momento da tragédia, o iate tinha 22 pessoas a bordo – 10 tripulantes e 12 passageiros – e 15 delas conseguiram se salvar, incluindo a criança Sophie e sua mãe, Charlotte Golunski, de 35 anos.

As fatalidades são até agora do chef francês Ricardo Tomas, e outras seis estão desaparecidas. O magnata Mike Lynch e sua filha Hannah, de 18 anos; o presidente do banco Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, e sua esposa Anne Elizabeth Judith Bloomer; o advogado de Lynch, Chris Morvillo, e sua esposa Nada. A embarcação tinha 22 pessoas a bordo – 10 tripulantes e 12 convidados. 15 foram resgatadas.

*Com informações da EFE
Publicado por Fernando Keller