Tuberculose é uma doença negligenciada, mas tem tratamento e cura

Em 2023, foram diagnosticados na macrorregião de Saúde Oeste 269 casos de tuberculose. Em 2024, já são 229 casos da doença. A maioria dos casos está concentrada na população masculina, 72,49% em 2023. Os dados são do painel de vigilância do Estado de Minas Gerais (https://bit.ly/3BiO8VD) e mostram a necessidade de realização de exames para o diagnóstico e tratamento apropriados desta doença que é um problema de saúde pública.

Ludmila Tavares, da coordenação de hanseníase e tuberculose da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), destacou que a tuberculose é uma doença invisibilizada e determinada socialmente. Os profissionais da ponta precisam, segundo ela, estar qualificados e atentos ao manejo clínico desses pacientes, principalmente adultos e crianças.

“É uma doença que acomete principalmente as pessoas privadas de liberdade, vivendo com HIV, Aids, pessoas em situação de rua, população indígena e profissionais de saúde. Infelizmente, ela é determinada socialmente, dependendo muito de proteção social para que as pessoas consigam se tratar de forma adequada”, pontuou Ludmila.

Um grande desafio para os profissionais é o diagnóstico em crianças e adolescentes. A pneumologista pediátrica e sanitarista, Maria das Graças Rodrigues de Oliveira, observou que as crianças contraem a doença dentro de casa, de pessoas próximas.

Ela ressaltou que, tendo contraído a tuberculose, as crianças não transmitem a doença. O diagnóstico, porém, neste público é mais difícil. “A dificuldade de se fazer o diagnóstico se deve ao fato das crianças não conseguirem fazer exames. O escarro, quando fazem, apresenta poucos bacilos. Então é difícil o diagnóstico nestas crianças”, explicou a médica.

O estado possui hoje um comitê mineiro para o controle social da tuberculose, que é uma organização que inclui ativistas, organizações, sociedade civil, profissionais de saúde, dentre outras pessoas que atuam no controle social da doença. A SES-MG conta com uma equipe voltada tanto para a vigilância epidemiológica quanto para a assistência ao paciente.

“Temos oferecido treinamentos constantes para profissionais médicos e enfermeiros dos municípios para melhorar a detecção dos casos da doença na região”, pontuou a referência de tuberculose da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis, Kellen Ferreira.

Mais informações podem ser acessadas no siite https://www.saude.mg.gov.br/tuberculose

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