Aspirador-robô: g1 testa 4 modelos que criam mapas para ajudar a limpar melhor a casa
Aparelhos passam pano, tentam desviar de objetos e a faxina pode ser personalizada pelo aplicativo. Veja como se saíram os equipamentos da Kabum, Kärcher, Positivo Casa Inteligente e Ropo. Guia de Compras: teste com aspiradores-robô
Bruna Azevedo/g1
O aspirador-robô tem aquele jeitão de produto futurista, vindo do desenho dos Jetsons. Mas, dependendo do equipamento, ele trava se encontrar uma meia suja em seu caminho.
Aspirador-robô tem aquele jeitão de produto futurista, vindo do desenho dos Jetsons. Mas, dependendo do equipamento, se colocar uma meia suja no meio do caminho, ele aspira e trava.
Tem como evitar as meias e outros obstáculos perigosos, como a sujeira do cãozinho fora do lugar. Os aspiradores-robô com mapeamento de ambiente conseguem desviar dos objetos. Ou tentam, pelo menos.
Esses equipamentos usam câmeras e sensores a laser para criar um mapa da casa.
A partir do mapa pronto, dá para definir qual o nível da faxina que o robô pode usar para cada cômodo e até se ele não precisa limpar algum local.
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Mas, como toda tecnologia mais avançada, são bem mais caros que os modelos básicos, que saíam na faixa de R$ 500 a R$ 1.000 nas lojas on-line pesquisadas em dezembro.
Os robôs com recurso de mapa custavam entre R$ 2.000 e R$ 4.500. O Guia de Compras testou quatro desses modelos:
Kabum Smart 900
Kärcher RCV 5
Positivo Casa Inteligente PRA2000
Ropo Glass 4
Dois dos robôs testados contam ainda com uma torre de esvaziamento autônoma. É como se o aspirador tivesse seu próprio limpador.
Nesse caso, o dono só precisa trocar o saco de sujeira de tempos em tempos, sem precisar encostar nos resíduos.
Veja o resultado dos testes a seguir e, ao final, a conclusão.
KaBuM! Smart 900
O Kabum! Smart 900 é o aspirador mais barato do teste: custava R$ 1.950 em dezembro, quando foi consultado nas lojas on-line. Tem 1 ano de garantia.
É um dos modelos testados com torre de limpeza automática, junto com o da Positivo Casa Inteligente.
É uma boa diferença para o mais caro, o da Kärcher, que custava R$ 4.500 – que não conta com a torre autolimpante.
Ele é bem grande, medindo 9,8 cm x 36 cm (altura x largura). Ao longo do teste, a altura dificultou que ele entrasse em cantinhos mais difíceis de acessar.
Ele também é um pouco atrapalhado: chegou até a ficar “preso” em um dado momento, sem conseguir sair de um lugar apertado em que ele mesmo entrou.
Veja o Kabum Smart 900 “perdido”:
Kabum Smart 900 “perdido”
A Kabum não especifica as dimensões da base de limpeza, mas, medindo manualmente, ela se aproxima de 32 x 28 x 18 cm (altura x largura x profundidade). Se você achar um cantinho reservado para o robô, não vai sentir tanta falta desse espaço.
Os pesos são indicados pela marca: 3,4 kg para o aspirador e 3,5 kg para a torre.
O robô tem dois botões no corpo, o de iniciar/pausar a limpeza e o de retornar para a base, onde a sujeira é automaticamente sugada para dentro do saco de poeira no fim de cada ciclo (e dá para mudar isso pelo app).
O aplicativo Kabum Smart está disponível para Android e iOS e tem interface totalmente em português. Aliás, o próprio robô “conversa” em português com o usuário, avisando quando a limpeza começa, quando acaba, se está carregando, se está preso, e por aí vai.
Os alertas sonoros são perceptíveis de outro ambiente. O robô também envia notificações pelo aplicativo para avisar se algo deu errado.
O Smart 900 pode ser comandado por controle remoto ou por assistentes virtuais, como a Alexa e o Google Assistente, mas é pelo aplicativo que você vai conseguir fazer o controle fino da limpeza.
O mapa fica disponível com diferenciação por salas, que você pode personalizar à vontade, unindo um cômodo a outro (como um quarto e um corredor, por exemplo) e nomeando da forma que quiser.
Também dá para delimitar áreas virtuais, onde você define, por exemplo, se o robô só vai aspirar, só vai passar pano ou então não vai poder limpar. Outra opção são as paredes virtuais, que impedem o aparelho de entrar em algum cômodo.
Exemplo de zona “proibida” (em vermelho) no aplicativo Kabum Smart. As “manchas” em cinza são objetos que o robô teve que desviar, como portas, cadeiras e caixas.
Laís Ribeiro
O app permite selecionar o fluxo de água do modo mop (entre baixo, médio e alto) e o nível de sucção do aspirador (quieto, padrão, poder e máx). Dá para personalizar também por quarto.
O recurso de agendar a limpeza funcionou, mas com alguns erros.
Segundo o aplicativo, dá para criar agendamentos para o dia seguinte e reativar cada vez que você quiser, mas, na prática, isso não deu certo. Para que o robô limpasse mais de um dia, foi preciso criar um novo agendamento com frequência diária.
Outras ferramentas disponíveis no app são verificar o nível de uso dos componentes consumíveis (escova, saco de poeira, filtro), ver o histórico de limpeza e armazenamento de mais de um mapa.
O Kabum conseguiu manter a casa livre de poeira e pelos, com a ajuda das escovas lateral e central, que puxam a sujeira para o centro. Ele levou cerca de 50 minutos para aspirar uma área de 70 metros quadrados.
O aspirador não teve problema em subir pequenos degraus, como o da separação entre o corredor e o banheiro ou os de tapetes. Conseguiu até passar por cima do degrau do box do banheiro, aonde não deveria ir, mas a porta ficou aberta por descuido.
O modelo veio com um reservatório com dois compartimentos de 300 ml cada, separados entre poeira e água.
Já a torre de limpeza tem capacidade de 3 litros no saco de poeira, a mesma do Positivo PRA3000.
Quando cheio, é preciso trocar por um novo – deu para achar a partir de R$ 32 na internet. Um detalhe é que, quando a torre fez a coleta da poeira, saiu um cheiro desagradável. Isso não ocorreu no da Positivo.
No modo passar pano, o robô teve uma performance melhor com o fluxo de água alto, que permitiu que ele molhasse bem o chão e arrastasse a sujeira com o pano. Abaixo disso, ele solta dois rastros de água pequenos. Veja o robô fazendo sua rota de limpeza:
Kabum Smart 900 fazendo a rota de limpeza.
r
Além disso, o manual permitiu usar detergente diluído na água, o que ajudou na limpeza. Em outros modelos, como o da Ropo, só é aconselhável usar desinfetante.
No Kärcher e no Positivo, as fabricantes indicam apenas o uso de água.
O robô da Kabum demorou aproximadamente 90 minutos para concluir a limpeza úmida na área de 70 metros quadrados. O paninho é de cor cinza escuro, então não deu para ver tanto a coleta de sujeira como nos outros modelos.
Aqui, um probleminha: o pano é um pouco trabalhoso de encaixar e, se não fizer direito, ele pode se soltar e dobrar, deixando de limpar do jeito certo.
Segundo a Kabum, a bateria dura até 180 minutos e, quando fica baixa, o robô volta até a base para recarregar e em seguida retoma a limpeza. É um pouco a mais que os modelos da Positivo, da Kärcher e da Ropo, que duram até 2h/120 min.
Na prática, foi mais ou menos isso, já que metade da bateria foi embora na limpeza de 90 minutos com o mop.
O nível de ruído é indicado em 60 decibéis, parecido com uma conversa alta. É silencioso o suficiente para não perturbar os bichos de estimação.
Kärcher RCV 5
O Kärcher RCV 5 é o robô mais caro entre os equipamentos avaliados, sendo vendido por R$ 4.500 nas lojas da internet no meio de dezembro.
É um modelo bastante avançado, com detecção automática de objetos no caminho. Tem um laser duplo com câmera (algo que os concorrentes não informam – somente dizem que tem sistema de mapeamento).
Diferente dos aspiradores da Positivo e da Kabum, não conta com a base para limpeza automática.
A garantia do produto é de 1 ano.
A instalação do produto requer o uso do app Kärcher Home Robots, disponível para celulares com sistemas Android e iOS.
Depois de um registro rápido de usuário, o aplicativo guia a configuração do robô na rede sem fios. Vale notar que, ocasionalmente, o app se desconecta e é preciso digitar usuário e senha de novo. Foi o único dos modelos do teste em que isso aconteceu.
O RCV 5 não é compatível ainda com assistentes digitais como Alexa e Google Assistente. A fabricante diz que o recurso deve ser liberado em 2025. Mas o robô “fala” algumas mensagens em português, ao inciar a operação e retornar para a base, por exemplo.
O eletrodoméstico pesa 3,9 kg e mede 9,9 cm x 15 cm (altura x largura).
O robô precisa criar um mapa dos ambientes antes de fazer a primeira faxina. O processo levou em torno de 15 minutos para escanear um apartamento de 41 metros quadrados.
O primeiro mapeamento deu erro e precisou ser refeito.
A fabricante indica que, caso precise levar para outro ambiente – como um segundo andar, por exemplo – o dono do RCV 5 leve a base de carregamento e crie novos mapas para o local.
Pelo app, também é possível criar barreiras virtuais, com locais que não precisam ser limpos.
As primeiras limpezas da casa ocorreram bem, varrendo os cantos e embaixo do sofá. Até subiu no pequeno degrau na entrada do banheiro, fazendo a faxina dentro do ambiente.
Mapas feitos pelos robôs da Karcher e da Positivo
Reprodução
Segundo a Kärcher, o robô consegue subir degraus de até 20 mm.
O app permite um controle refinado da faxina, ajustando quantos ciclos de limpeza por ambiente (um ou dois), modo de limpeza (aspirar, lavar ou os dois), potência de sucção (silencioso, padrão, médio e turbo) e nível de saída de água (baixo, médio ou alto).
Também é possível definir se a limpeza com água será “energeticamente eficiente” ou “minuciosa”.
Na prática, é quanto o robô vai soltar de água quando estiver no modo de limpeza com pano.
Em ambos, o pano de microfibra – branco e claro – ficou bastante sujo.
A limpeza com pano com o RCV 5 pareceu um pouco melhor do que o Guia de Compras encontrou em outros testes de aspiradores-robô.
O reservatório de água tem capacidade para 240 ml e fica encaixado na parte traseira do aspirador-robô. O pano de microfibra se encaixa abaixo dele.
Kärcher RCV 5 passando pano
Henrique Martin/g1
O compartimento de sujeira do RCV 5 fica embaixo de uma tampa na parte superior do equipamento.
É uma caixinha de 330 ml simples de remover. Para limpar, é preciso desencaixar uma tampa e pode ser complicado pela primeira vez – uma sugestão é consultar o manual de instruções para fazer do jeito certo.
Reservatório de sujeira do Kärcher RCV 5: abrir essa tampa não é tão fácil
Henrique Martin/g1
O manual também explica de forma clara como fazer a limpeza das peças do aspirador – como desmontar as escovas, higienizar os sensores e filtro.
A duração da bateria do Kärcher RCV 5 é estimada pela fabricante em até 2 horas. Cada ciclo de limpeza no apartamento levou em torno de 15 minutos – ou até 8 faxinas completas.
O nível de ruído do RCV 5 é bastante baixo, com 70 decibéis – algo entre um bebê chorando e um cachorro latindo.
Positivo Casa Inteligente Smart Robô PRA2000
O Positivo Casa Inteligente PRA2000 é um robô que aspira e passa pano.
Sua base de carregamento limpa os resíduos e os transfere para um saco maior. Desse modo, não é preciso limpar o recipiente interno de sujeira, apenas trocar o saco de tempos em tempos.
O aspirador era vendido na faixa dos R$ 3.000 nas lojas da internet no meio de dezembro. A garantia da fabricante é de 1 ano.
O produto pesa 2,8 kg e mede 34 cm x 10,3 cm (largura x altura).
A configuração do produto é feita pelo aplicativo Positivo.
O app reconheceu rapidamente o aspirador ao adicionar na lista de produtos, pediu a senha da rede sem fios e o robô estava conectado, pronto para usar.
O aplicativo permite ativar o aspirador e criar rotinas – como limpar a casa todos os dias pela manhã.
Nesse momento, a assistente digital Alexa já alertou no celular que um novo dispositivo foi adicionado à rede e que poderia ser acionado por comando de voz.
Como em todos os outros modelos, é preciso fazer o mapeamento antes de começar a limpeza.
O tempo para mapear o apartamento de 41 metros quadrados também levou em torno de 15 minutos, mas sem errar.
A única diferença entre os dois foi que o Positivo não conseguiu entrar no banheiro, que tem um degrau de 2 cm. O Kärcher entrou e mapeou o ambiente.
Segundo a Positivo, o PRA2000 consegue criar até 5 mapas distintos, para casas com vários andares.
A limpeza da casa foi muito boa no geral. O robô da Positivo limpou cantos e entrou embaixo do sofá.
Pelo aplicativo, é possível definir os níveis de limpeza (silencioso, normal e forte), criar barreiras virtuais e indicar quais são as áreas proibidas para o robô.
A função de limpeza com pano é razoável.
Mas deu para perceber que o Positivo se esqueceu de partes do piso – ele limpa bem os cantos da sala, por exemplo, mas deixa espaços sem passar pano no meio. O reservatório de água tem capacidade para 320 ml.
O pano de limpeza é bem menor que o dos outros robôs. Mas removeu bastante sujeira.
Acima, a microfibra do Positivo PRA200. Abaixo, a do Kärcher RCV 5
Henrique Martin/g1
Por conta da torre autolimpante, ao final da faxina o Positivo PRA2000 volta para a base e esvazia sozinho o reservatório de 230 ml.
Quando o robô encosta no local correto na base, o sistema aciona sozinho a aspiração para o saco maior e faz um barulho considerável por alguns segundos.
Lembra um aspirador convencional quando encaixa na base ao final do processo.
Positivo PRA2000 voltando para a base de esvaziamento
Henrique Martin/g1
O saco de sujeira tem capacidade de 3 litros e pode ser trocado. Em dezembro, a fabricante vendia a reposição na faixa dos R$ 110.
Saco de resíduos do Positivo PRA2000
Henrique Martin/g1
Apesar de não ser preciso limpar o depósito interno de forma manual, o robô precisa de limpeza ocasional nas escovas e no filtro. As partes são fáceis de acessar e limpar.
A bateria do Positivo PRA2000 tem duração estimada de 2h. A limpeza da casa durou cerca de 15 minutos e o robô voltou sozinho para a base ao final do processo.
O nível de ruído do Positivo é próximo ao dos outros robôs, com 61 decibéis, equivalente a uma conversação em voz alta.
Ropo Glass 4
O Ropo Glass 4 teve um bom desempenho. Ele faz mapeamento automático por cômodos, assim como os outros, e consegue armazenar até dois mapas diferentes por vez.
Não é muito pesado, com 2,8 kg, e é de tamanho médio, com dimensões de 9,60 cm x 33,0 cm (altura x largura).
É o segundo mais barato – atrás apenas do Kabum –, com preços na média de R$ 2.300, consultados em dezembro. A garantia é de 12 meses.
O corpo do robô vem com três botões: o interruptor de ligar, que fica na lateral, o botão de iniciar/pausar a limpeza e o de voltar para a base de carregamento. Além disso, ele “anuncia”, em português, tudo que está fazendo em voz alta, incluindo erros de funcionamento.
Dá para usar o aparelho somente com os botões do corpo, já que ele consegue “ver” objetos pelo caminho e reconhece automaticamente se está no modo mop ou somente aspirador, mas só dá para usar as funções mais avançadas usando o app Tuya Smart, que é totalmente em português.
Pelo celular, dá para programar o robô para limpar de forma automática, escolher cômodos isolados ou selecionar uma área específica para a limpeza.
Vale ressaltar que essas funções só ficam disponíveis após a primeira limpeza do robô, que é feita de forma automática para mapear o ambiente.
O app também permite controlar a potência de aspiração (entre silenciosa, normal e forte) e o fluxo de água (mínimo, médio e maior), além de definir se o robô vai limpar a área uma ou duas vezes no mesmo turno.
Você também pode customizar cada cômodo com o nível de aspiração e fluxo de água desejados diretamente no mapa. Veja como é a interface do app Tuya Smart:
Personalização do mapa no aplicativo Tuya Smart
O app tem muitos outros recursos. Para citar alguns: nomear e editar o mapa livremente, inserir paredes virtuais em áreas “proibidas” para o robô, visualizar o histórico de limpezas, ajustar o volume da voz do robô e agendar limpezas.
Além do app, também dá para controlar o Ropo pelo controle remoto que vem com o produto ou por comandos de voz, usando a Alexa ou o Google Assistente.
Para a limpeza em si, o Ropo Glass 4 vem com duas escovinhas laterais, uma de cada lado, que varrem a sujeira para o meio do robô, onde fica a escova central e mecanismo de sucção do modelo.
A dupla de escovas é uma boa vantagem em relação aos outros, que vêm com uma só. Assim, o Ropo consegue puxar pó, pelos e cabelos dos lados esquerdo e direito numa tacada só. O único problema é que a força das escovas é grande e ela pode puxar também cabos e fios que fiquem no caminho do robô.
Outra diferença é que o Glass 4 vem com dois reservatórios: um de 600 ml somente para poeira, para a função aspirador, e um de 360 ml com compartimentos de água e de poeira, para a função mop. É preciso revezar entre os dois dependendo do modo que você quer usar.
Abrir tanto um quanto o outro foi um desafio, parecido com os outros modelos do teste.
Por um lado, ele ganha mais espaço para guardar a sujeira em relação a modelos como o da Kärcher, que não têm torre autolimpante. Por outro, são mais peças para trocar, guardar e fazer a manutenção.
A limpeza com o aspirador em si foi satisfatória – não faz faxina pesada, mas consegue manter a casa limpa e diminuir o pó se usado diariamente. Em uma área de cerca de 70 metros quadrados, ele demorou cerca de 35 minutos para concluir a aspiração.
Ele também subiu os pequenos degraus sem nenhum problema e não caiu nenhuma vez de degraus mais altos. Veja como ele age quando tem um tapete no caminho:
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O manual indica que o reservatório deve ser limpo pelo menos uma vez por semana, mas logo na primeira passagem foi necessário esvaziar a caixinha (veja na imagem abaixo). Nas vezes seguintes, não encheu tanto.
Reservatório do Ropo Glass 4 cheio de poeira.
Laís Ribeiro
O modo mop foi mais diferente: o modelo tem uma função chamada “esfregar”, em que ele vai para a frente e para trás diagonalmente conforme avança na rota de limpeza, como uma pessoa usando um rodo para limpar o chão.
Isso ajudou na eficácia da limpeza, já que o Ropo deixa uma trilha bem pequena de água por onde passa. Mas também aumentou o tempo em que o robô trabalha: ele levou cerca de 1 hora para cobrir o mesmo espaço da aspiração.
Veja o Ropo Glass 4 utilizando a função esfregar:
O RCV 5 não é compatível ainda com assistentes digitais como Alexa e Google Assistente. A fabricante diz que o recurso deve ser liberado em 2025. Mas ele “fa
Um diferencial foi a possibilidade de usar água com desinfetante no reservatório, diluído de acordo com o manual. No Positivo e no Kärcher, somente água é recomendada, enquanto que, no Kabum, deu para usar água com detergente.
O pano de microfibra é de cor azul clara e fácil de verificar o nível de sujidade. Duas unidades acompanham o produto, então dá para usar mesmo que uma esteja lavando. Veja como ficou o pano após a primeira limpeza úmida:
Pano do Ropo Glass 4 após a limpeza úmida.
Laís Ribeiro
A manutenção e limpeza das partes internas é bem intuitiva e o produto vem com uma escovinha para ajudar no trabalho. No manual você encontra todo o passo a passo para cada peça: escovas laterais, escova central, reservatórios e rodas.
O mais difícil foi limpar a rodinha frontal, que direciona o robô e é menorzinha. O manual ensina a desencaixar a peça usando uma chave de fenda – meio que na força mesmo.
Dá um pouco de medo de estragar o aparelho, mas é importante, já que a fabricante indica que cabelos e pelos enrolados nessa roda são a maior causa de mau funcionamento do modelo.
Posição da chave de fenda para desencaixar a rodinha do Ropo Glass 4.
Laís Ribeiro
A bateria aguentou bem: mesmo com uma hora de uso, não descarregou. A Ropo estima uma autonomia de 130 minutos, no máximo, e 90 minutos, no mínimo, dependendo da potência de sucção escolhida.
A fabricante também indicou o nível de ruído de 68 decibéis, o que é próximo de uma conversa alta. Na prática, não incomodou, mas também não passou despercebido.
Animais não se assustam com o barulho do Ropo Glass 4.
Laís Ribeiro
Conclusão
Qual vale pelo preço? Entre os aspiradores-robô avaliados, o Kabum Smart 900 é o com o melhor relação custo x benefício entre os modelos com torre de limpeza automática.
Vendido na faixa dos R$ 1.950 em dezembro nas lojas da internet, pelo preço, é uma boa escolha.
Já entre os modelos sem a base de limpeza, o Ropo Glass 4 tem a melhor relação custo x benefício, sendo vendido por R$ 2.300.
Desvia de objetos mesmo? Uma questão importante era se os aspiradores-robô e seu monte de sensores conseguem desviar de coisas no meio do caminho – da meia suja no caminho da lavanderia ao cocô do cachorro no meio da sala.
Em um teste informal feito com uma meia jogada no caminho, o modelo da Positivo ignorou e passou por cima.
O da Kabum e o da Ropo arrastaram a meia junto com eles.
Kabum Smart 900 arrastando a meia junto com ele.
Laís Ribeiro/g1
O da Positivo também.
Positivo PRA2000 não desviou da meia
Henrique Martin/g1
Já o da Kärcher detectou o objeto e deu a volta.
Robô da Kärcher desviou da meia
Henrique Martin/g1
Qual o tamanho da área útil? Uma função interessante do aspirador-robô com mapeamento de ambiente é entender o tamanho real dos espaços livres dentro de casa.
No apartamento de 41 metros quadrados, os robôs da Kärcher e da Positivo indicaram uma área média de 12 metros quadrados limpos – excluindo a cozinha e área de serviços, que fica em outro nível separado por degrau.
Na casa de cerca de 70 metros quadrados, a área limpa foi de mais ou menos 50 metros quadrados.
Poder de sucção: A potência de um aspirador (robô ou não) é medida pela unidade Pascal e representada pela sigla Pa, que avalia a pressão de sucção do eletrodoméstico. Esse valor pode ir de 500 Pa a 3.000 Pa, dependendo do produto.
Entre os modelos do teste, o de maior valor é o Kärcher RCV 5, com 5.000 PA, seguido por Kabum e Ropo com 4.000 PA.
O mais “fraquinho” é o Positivo PRA2000, com 2.800 PA.
Como foi feita a avaliação: Os aspiradores-robô foram testados em casa. Foram levados em consideração a facilidade de uso, acessórios incluídos e recursos adicionais, além da qualidade da limpeza.
Os produtos foram enviados por empréstimo pelas fabricantes e serão devolvidos.
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O que tem de diferente numa geladeira de R$ 30 mil (ou mais)