Campos Neto nega ligação entre intervenção no câmbio e dominância fiscal
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se manifestou nesta quinta-feira (19) sobre a atuação da instituição no mercado cambial, negando qualquer ligação com a dominância fiscal. Recentemente, o dólar apresentou uma queda após o BC realizar dois leilões de venda da moeda, com o primeiro leilão envolvendo a venda de US$ 3 bilhões, embora a moeda tenha alcançado a marca de R$ 6,30. Um segundo leilão, que ofereceu US$ 5 bilhões, foi anunciado, resultando em uma cotação do dólar abaixo de R$ 6,20. Durante sua fala, Campos Neto ressaltou que o fluxo de dólares para o exterior está em níveis recordes e que o Banco Central não tem a intenção de estabelecer um patamar fixo para a moeda.
Ele também mencionou que a intervenção no câmbio não está atrelada à dominância fiscal, citando uma saída incomum de dividendos para o mercado externo como um fator que tem contribuído para a valorização do dólar. Além disso, o presidente do BC abordou a transição de liderança para Gabriel Galípolo, que assumirá o cargo em janeiro. A mudança será acompanhada por uma entrevista conjunta entre os dois, que ocorrerá em um momento importante, coincidente com a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), documento que analisa a evolução da economia e as expectativas para a inflação.
Em uma recente reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa Selic em 1 ponto percentual, elevando-a para 12,25% ao ano, com a possibilidade de novos aumentos no futuro. Apesar desse “choque de juros”, o dólar continua a subir, atingindo novos recordes, mesmo com as intervenções do Banco Central no mercado cambial.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Matheus Oliveira