Em discurso de posse, Sidônio Palmeira defende comunicação eficiente e diz que Meta promove ‘faroeste digital’
O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, destacou em seu discurso de posse, nesta terça-feira (14), que os resultados alcançados pelo governo não têm sido percebidos por parte da população e enfatizou a necessidade de uma comunicação eficiente para enfrentar as adversidades do governo. Sidônio também criticou ações como as recentes medidas anunciadas pela Meta, que, segundo ele, promovem um “faroeste digital”.
“Assumo este desafio guiado pelo sentimento de justiça. Temos um presidente que herdou um país em ruínas e desmoralizado. Em apenas dois anos, seu governo conseguiu reorganizar a administração, melhorar os indicadores econômicos, de justiça social e de combate à pobreza, além de reestruturar ministérios e programas essenciais”, declarou o ministro.
Sidônio destacou, ainda, avanços promovidos pelo governo Lula 3, mas observou que os resultados não têm chegado à percepção de parte da população. “Os serviços e informações não alcançam a ponta. A população não consegue enxergar as virtudes do governo”, afirmou. Ele exemplificou mencionando que “mães e pais precisam saber que há vacinas disponíveis nos postos de saúde”. O ministro também abordou o cenário digital e a importância de combater a desinformação propagada por parte da oposição.
“A mentira disseminada nos ambientes digitais cria uma cortina de fumaça que manipula pessoas, ameaça a humanidade e aprofunda negacionismo, xenofobia e violências raciais e de gênero”, disse. No entanto, destacou que o enfrentamento às fake news não deve ser uma responsabilidade apenas do governo.
Sidônio defendeu a ampliação do papel da comunicação, ressaltando que esta não deve ser uma tarefa exclusiva da Secom. “Nosso objetivo é compreender a comunicação em toda sua complexidade e engajar todos nesse processo”, afirmou.
Críticas à Meta
O novo ministro também comentou sobre a decisão da Meta — proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp — de encerrar a checagem de fatos em suas plataformas nos Estados Unidos. “Essas medidas anunciadas pela Meta são prejudiciais, pois violam direitos fundamentais e afrontam a soberania nacional”, avaliou.
Marqueteiro da campanha vitoriosa de Lula em 2022, Sidônio destacou que nunca teve ambição de ocupar um cargo público, embora veja a política e a gestão pública como caminhos indispensáveis para a construção de uma sociedade mais justa. Apesar da nova posição, o ministro afirmou que não atuará como “porta-voz” do governo.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Carol Santos