Novos casos de HIV preocupam autoridades de saúde

Em 2023, foram registrados 69 novos casos de pessoas com HIV nos 32 municípios da área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Teófilo Otoni, de acordo com informações extraídas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Em 2024, até o dia 17/12, foram notificados 63 novos casos. Os dados apontam que pessoas entre 29 e 64 anos de idade são as mais acometidas pelo vírus.

Os novos casos de pessoas com HIV detectados por ano preocupam as autoridades de saúde. “Isso demonstra que a população não está se prevenindo. As pessoas estão transmitindo o vírus muitas vezes sem saberem que são portadoras da doença”, ressalta a referência técnica em Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) da SRS Teófilo Otoni, Mariane Carlech.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente os preservativos, tanto os femininos (internos) quanto masculinos (externos).

O que é o HIV e o que é a Aids?
HIV é a sigla, em inglês, do vírus da imunodeficiência humana, transmitido por meio do contato sexual sem o uso de preservativos, da mãe para o bebê durante a gestação ou do uso compartilhado de seringas e agulhas.

O HIV é o causador da Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), doença que ataca o sistema imunológico causando desde sintomas parecidos com os de uma gripe, como febre, mal estar até doenças como pneumonia e desnutrição.

Prevenção
As formas de se previnir contra o HIV são: uso de preservativos durante as relações sexuais, ultilização de agulhas e seringas descartáveis e uso de luvas para manipular feridas e líquidos corporais.

Além dos preservativos, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o teste rápido, que libera o resultado em apenas 20 minutos, sem necessidade de agendamento prévio, e os tratamentos Pré (PrEP) e Pós (PEP) exposição ao HIV, disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

Acolhimento
Apesar dos avanços tecnológicos e dos tratamentos atualmente disponíveis proporcionarem uma expectativa de vida melhor para os indivíduos que vivem com HIV, eles ainda enfrentam barreiras como o estigma e o preconceito que os impedem de revelar a sua condição e procurar os serviços de apoio e assistência adequados e em tempo oportuno.

A referência técnica em Infecções Sexualmente Transmissíveis, Mariane Carlech, enfatiza a importância do acolhimento humanizado aos portadores de HIV o que, além de aumentar a adesão, reduz o número de abandono ao tratamento. “Não dar continuidade ao tratamento pode agravar o quadro do paciente e levá-lo à morte. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem reduzir a carga viral e evitar a transmissão do vírus.”, declara Mariane.

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