Redescobrindo o valor do tempo simples | Coluna da Juliana Canto
Diariamente, enfrentamos situações adversas que incluem a rotina cansativa e aquela pressão do relógio. Mal acabou o feriado e já estamos à beira de outro fim de semana e, assim, sucede-se a corrida desenfreada da vida. Será que precisamos de mais horas ou de cinco estações no ano para darmos conta de tudo o que precisamos resolver? O relógio estaria rápido demais ou somos nós, desta sociedade tecnológica, que criamos dispositivos para ganharmos tempo e o perdemos com essa mesma criação? Parece até contraditório!
É necessário e inevitável usar a tecnologia. Porém, é preciso pararmos e contemplarmos para além da correria diária. Quero trazer-lhes, para hoje, o modo “contemplação”. Segundo o dicionário Michaelis, contemplação significa estado de reflexão, meditação e concentração profunda — e eu acrescentaria: estado de observação.
E como isso se relaciona (ou colide) com a correria da vida diária citada acima? Não estamos parando para contemplar, para observar o que realmente é mais importante em nossa vida. Escolher o que é mais importante para a sua vida… deixo essa missão para você! Contudo, não posso deixar de lembrar que, diariamente, nos levantamos para atender a uma agenda de trabalho, bater o cartão de ponto, empreender ou visitar uma empresa. E, às vezes, esse trabalho, junto da nossa rotina de levar os filhos à escola, enfrentar o trânsito, usar o celular e tantos outros compromissos, nos tira desse “modo contemplar” — de observar o belo, o simples, o básico: a natureza, uma criança que sorri, uma árvore ou, simplesmente, a beleza do seu filho ao dormir, ou a delícia de relembrar o momento em que você se apaixonou por quem está ao seu lado hoje.
Mas… “é que eu não tenho tempo!”. Deste modo, o relógio parece estar rápido demais porque estamos imersos neste mundo da pressa, do “isso é para ontem”.
Como contemplar, observar alguém ao nosso lado? Como contemplar e observar a si mesmo, se o tempo parece ter sido encurtado até para se olhar no espelho e enxergar o quão belo você é — e o quanto as modificações do seu rosto mostram que o tempo está passando e que nos falta tempo até para contemplar o básico: sua vida e o que suas experiências estão te ensinando?
Assim, nos tornamos escravos do relógio digital, que aponta sempre para uma correria que nos impede de olharmos para quem somos e dizermos: eu posso ter um tempo para mim.
Já dizia o eterno Renato Russo — que considero um poeta: “temos nosso próprio tempo”.
Com este simples texto, proponho que você, ainda hoje, tenha um tempo para ouvir uma canção que gosta, mas contemplando a letra, a melodia, observando o que ela tem a te ensinar de bom. Contemple. Observe a beleza de uma árvore, a alegria do seu cachorro quando você chega em casa.
É, meus caros leitores… a vida é simplesmente bela. O problema é que corremos por um prêmio que nem sabemos se vamos alcançar — e, com isso, não percebemos quantas coisas lindas da vida o nosso dia tem a nos mostrar.
Observe e contemple as coisas belas e simples do dia de hoje.
Se este texto te tocou, me conte no contato abaixo.
Juliana A. M do Canto, psicóloga.
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